quarta-feira, 10 de junho de 2020

História aula 9 - 8ºB, 8ºC e 8ºD - Prof Ana Vasconcelos

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Material utilizado: Texto de apoio abaixo elencado

LEIA COM ATENÇÃO:


INCONFIDENTES DESDE SEMPRE

[...]

“A Inconfidência Mineira foi uma conspiração abortada, protagonizada por membros das elites intelectual, política, social e econômica, quase todos brancos [...]. Com a intenção de reter em suas mãos as riquezas geradas na capitania, combatiam o monopólio da Coroa, [...] pediam o perdão de dívidas e defendiam a liberdade para estabelecer manufaturas. O que os inconfidentes queriam era participar do poder e de oportunidades de lucro, fossem elas lícitas ou ilícitas [...]. Para isso, cogitaram diferentes soluções: implantar uma República (sua proposta predominante) [...]. Falavam na transferência da capital para São João del-Rei, na criação de uma Universidade em Vila Rica e na criação de milícias formadas pelos cidadãos, no lugar de um exército permanente. Sonhavam com apoios da França e dos Estados Unidos. [...] A Restauração Portuguesa (1640) e a Independência dos Estados Unidos (1776) foram as fontes inspiradoras do movimento, além das ideias dos pensadores iluministas Raynal (1713-1796) e Montesquieu (1689-1755).

As teorias corporativas de poder da Segunda Escolástica, cujos expoentes foram os teólogos espanhóis Luís de Molina, Francisco Suárez e Francisco de Vitória, formavam a base da cultura política na época, e assim também inspiraram a Inconfidência Mineira. Segundo elas, o poder vinha de Deus para a comunidade e desta, por meio de um pacto, passava para o soberano – que devia fazer o bem comum, respeitar os privilégios específicos de cada grupo e a religião católica. Caso um rei ou autoridade local se tornasse tirânico, desrespeitando as leis e os privilégios e ignorando o bem comum, poderia ser objeto de rebelião. Alguns teóricos defendiam até mesmo o regicídio. Esses princípios estavam implícitos na postura de inconfidentes de se insurgirem contra o poder instituído na capitania – classificado como tirânico por Tomás Antônio Gonzaga, e como “despótico” por Tiradentes.

(Villalta, Luiz Carlos. Inconfidentes desde sempre. Revista de História da Biblioteca Universal – dez. 2013)


Orientações: O PRESENTE TEXTO SERVE COMO APOIO PARA OS ESTUDOS SOBRE A CONJURAÇÃO MINEIRA. NÃO DEVERÁ SER ENVIADO NENHUMA ATIVIDADE NESSE MOMENTO SOBRE O ASSUNTO APRESENTADO ACIMA.


Bom estudo.


Professora Ana Vasconcelos
10/06/2020