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BAHIA E AFRICANOS: TRABALHO ESCRAVO EM SALVADOR NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XVIII
“A população escrava na Bahia era alimentada pelo intenso tráfico de escravos que se fazia entre o seu porto e os da África, sobretudo os da Costa da Mina. Devido às péssimas condições de trabalho, má alimentação, poucas horas de sono, lazer e pesados castigos físicos, as taxas de reprodução entre a população cativa eram baixíssimas. A resistência ao cativeiro e as formas de organização da escravaria nas fazendas, engenhos e nas cidades provavelmente contribuíram para isso. Ter filhos significava aumentar a propriedade do senhor e ver sua prole escravizada. Além disso, muitos senhores não estavam interessados nos altos custos e riscos de possuir escravas gestantes e suas “crias”, nas quais investiriam anos em alimentação, remédios e roupas até que pudesse tirar-lhes algum proveito. A maioria deles, em especial aqueles que adquiriam cativos para “alugar” nas ruas, ansiava pelo retorno rápido do capital investido. Por isso, a preferência por homens, que empregados em várias atividades poderiam potencializar as expectativas de lucro senhorial.
O trabalho de rua feito por escravos e libertos começava cedo. Pesados fardos precisavam ser carregados e descarregados entre o porto e as casas comercias. Quitandas, com os mais diversos produtos, eram armadas. Negros e negras com potes sobre a cabeça iam às fontes da cidade buscar água ou despejas tinas com resíduos no mar. Enquanto outros cativos e libertos posicionavam-se em certos pontos da cidade à espera de fregueses para prestar-lhes os mais diversos serviços. Tudo indica que, na cidade da Bahia na primeira metade do século XVIII, o trabalho escravo nas ruas era pautado pelo “ganho”, assim como no XIX.
(Souza, Daniela Santos – Bahia de Todos-os-Santos e africanos: trabalho escravo em Salvador na primeira metade do século XVIII)
Orientações: O PRESENTE TEXTO SERVE COMO APOIO PARA OS ESTUDOS SOBRE A CONJURAÇÃO BAIANA. NÃO DEVERÁ SER ENVIADO NENHUMA ATIVIDADE NESSE MOMENTO SOBRE O ASSUNTO APRESENTADO ACIMA.
Bom estudo.
Professora Ana Vasconcelos
10/06/2020